
Nesta cimeira estão reunidos os líderes mundiais, nomeadamente os responsáveis governamentais pelas áreas do ambiente, para discutirem e tentarem concertar medidas que atenuem ou ponham cobro às mudanças climáticas cujas consequências nefastas já se sentem, de forma evidente, a nível global.
É que com o constante incremento industrial e do seu usufruto, consequência do crescimento exponencial do acesso à sociedade de consumo por um cada vez maior número de pessoas em todo mundo, principalmente nos países emergentes, nomeadamente na Índia e na China, tem-se adensado a libertação, para a atmosfera, de gases com efeito estufa que estão na origem das preocupantes e nefastas alterações climáticas.
Todos já percebemos que a presença de gases com efeito estufa na atmosfera está próxima de atingir o limite do aceitável e o ponto de não retorno a partir do qual a vida, tal como a conhecemos, deixará de ser viável no planeta terra.
Assim, em Copenhaga, não só está em causa o nosso futuro individual mas principalmente o futuro da humanidade e muito provavelmente o de grande parte dos seres vivos. A hora é, pois, de preocupação e responsabilidade.
Para muitos especialistas o que está sobre a mesa em Copenhaga é, ainda, muito pouco para o muito que há a fazer nessa área. E sendo pouco, exige-se que as delegações se entendam e não falhem num entendimento por mínimo que seja.
Esse entendimento será um sinal ao mundo. Se o compromisso persistir curto, como aquele que nos é apresentado, muitos considerarão que o sinal será ténue e frouxo. Mas o não compromisso representa, com toda a certeza, um sinal aberto em direcção ao abismo onde mergulhará, dentro de algumas décadas, toda a humanidade.
Por isso, todos esperamos que as delegações em Copenhaga não se limitem a negociar com inteligência mas que coloquem, também, sobre a mesa, o mais primário e o mais radical de todos os instintos: o instinto de sobrevivência.
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